
A sétima cela
Editora Astral Cultural lança primeiro livro da trilogia A Cela, distopia que fala sobre poder, manipulação, justiça com as próprias mãos e os perigos que o desejo pelo poder podem exercer sobre as pessoas.
Em uma cidade segregada entre arranha-céus e “torres de marfim”, pessoas se tornam juízes da vida alheia e ocupam o lugar da justiça dos homens. Quem vive ou quem morre é decidido por uma ligação telefônica ou um clique no computador. Tudo começou há dez anos na Inglaterra, quando a sociedade se uniu e decidiu tirar os poderes dos tribunais; acreditando que a melhor maneira, a mais justa e igualitária de fazer justiça, seria dar voz a todas as pessoas do país, fazendo com que suas opiniões fossem levadas em conta, e todas as pessoas, de todas as origens e profissões se tornassem um único jurado.
Um programa de TV, líder de audiência, comandado por uma bela e persuasiva apresentadora, daria o rumo das votações com reportagens e entrevistas tendenciosas que apresentariam todas as evidências do crime cometido, direcionando a população para a sentença final. Viver ou morrer. E não há voto único por pessoa. Cada pessoa vota quantas vezes quiser, desde que possa pagar.
Martha tem 16 anos. É a primeira adolescente a entrar para o corredor da morte. Câmeras de segurança de um estacionamento registraram o momento em que, com uma arma na mão, confessou ter atirado em Jackson Paige, um dos homens mais carismáticos da cidade, conhecido por ser um empresário bem sucedido e responsável por inúmeros projetos sociais nos arranha-céus, reduto da população mais carente.
Desde então, a jovem enfrenta a peregrinação de sete dias no corredor da morte. Em cada dia, confinada em uma cela numerada, até chegar, ao final de uma semana, na cela 7, quando ocorre a grande votação e o público decide por sua vida ou morte.
Martha veio dos arranha-céus, onde morou com sua mãe até o dia em que ela foi atropelada propositalmente. O real assassino nunca foi punido. Em seu lugar, Ollie, um vizinho criado com Martha desde pequeno, foi injustamente acusado e condenado à morte pelos telespectadores.
Ciente da manipulaçãoexercida sobre a opinião pública e da impotência diante do sistema, Martha abre mão de qualquer tipo de defesa e aguarda resignada a chegada à Cela 7 e seu último dia de vida.
Seu destino já estariatraçado se não fosse por Eve Stanton, sua psic óloga . Jáfaz alguns anos que Eve começou a prestar acompanhamento psicológico para os condenados à morte. Embora seja um trabalho que a deixa triste, foi o caminho que encontrou para se sentir melhor desde que seu marido foi injustamente condenado, depois de matar um homem, por legítima defesa.
Eve não acredita na culpa de Martha e nem na sinceridade de sua confissão e inicia um quebra-cabeça em busca da verdadeira versão dos fatos. O problema é que Eve tem apenas sete dias e um império da comunicação para vencer para garantir a inocência da menina.
Envolvente e intrigante,A sétima cela conta uma história deficção bem próxima da vida real, em uma crítica à manipulação de massa, à perda de valores pela vida e pela justiça e à ausência de laços entre os seres humanos, cada vez mais entregues à tecnologia e a personagens de um grande reality show.
Sobre a autora
Kerry Drewery é autorade dois outros livros juvenis aclamados pela crítica e indicados para prêmios internacionais: A Brighter Fear, de2012, e A Dream of Lights , 2013.
Antes de se dedicarintegralmente ao ofício de escritora, ela era coordenadora do programa BookStart da fundação BookTrust. Foi finalista da competição de melhor roteiro para programas infantis da BBC e se formou com honras no curso superior de Redação Profissional.
Kerry mora em Lincolnshire,na Inglaterra, entre o campo e o mar, em uma casa cheia de livros, filmes e cachorros.
FICHA TÉCNICA
A SÉTIMA CELA
KERRY DREWERY
ASTRALCULTURAL
320 PÁGINAS
R$ 34,90